sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Ano Novo

Não vou lhe desejar um ano melhor do que o ano que está terminando, lhe desejo que você possa cumprir as promessas que faz em todo janeiro e em todo dezembro choraminga por não tê-las feito valer. Desejo que você tenha força de vontade para lutar durante, aparentemente, longos 12 meses e muita determinação para levantar quando estiver exaurido. Não desejo que se submeta a esperanças de que a cor da sua roupa (íntima, casual ou festiva) ao badalar da meia noite transformará sua vida em conto de fadas, em algo melhor do que já era, eu desejo que você olhe para si mesmo à meia noite e veja uma pessoa capaz de fazer com que o ano que está vindo seja melhor. Deseje a seus inimigos que tenham clareza para que a vida os possa ensinar algo de bom, aos seus amigos deseje apenas saúde e se encarregue de dar-lhes felicidade, apoio e compreensão, aos pais eu gostaria que tivessem vida longa já que 12 meses a mais vai ser sempre pouco ao lado deles, então aos seus pais não deseje nada, apenas diga que os ama. Desejo que todos possam fazer com que o seu ano novo seja feliz.




Giulia Campanha

Dedicado a Débora que não saiu do meu pé enquanto não escrevi o texto de final de ano haha

domingo, 26 de dezembro de 2010

Saudade é o amor que fica

Esses fantasmas, essas lembranças que nos rodeiam e nos enchem de felicidade, anseios ou saudades. É essa dor que nos parte fundo o peito e que nos faz ficar de mal com o tempo, essa dor chamada saudade que ninguém ainda descobriu ao certo o que significa. Tem saudade gostosa que nos entorpece ao darmos de cara com nossos bons fantasmas; tem saudade que começa dolorida que depois alivia, mas jamais deixa de arder o coração, é a saudade de quem por você passou e inconformado com a partida deste você, em segredo, anseia pela volta; tem saudade daquele momento bom que deixa o presente tedioso, é a saudade que engana, faz com que você pense que jamais algo será melhor ou igual à antes. Não importa o tipo de saudade, no final é só o amor que fica de algo ou alguém ou algum momento que não fazem mais parte da sua realidade, somente os fantasmas.


Giulia Campanha

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Esperar virou dilema

Esperar virou dilema, rotina do ser humano. Quem espera não se cansa de esperar, reclama de nada acontecer sem admitir que a si próprio engana. O ser humano vive essa vida de janela, vida de quem senta atrás do buraco na parede para ver os outros passarem, se contenta de saber tudo que com eles acontece, com medo de sair e fazer acontecer consigo mesmo. Acha que dói mais pular a janela e correr o risco de ralar o joelho do que passar a vida no vazio de um cômodo escuro. Cômodo de anseios, frustrações e limitações, cômodo da descrença. É mal do ser humano gostar da janela, mas fazer o que? se Deus fez o mal mais forte que o homem. Esperar é dilema.

Giulia Campanha

domingo, 28 de novembro de 2010

Eles

Em meio a tantas formas de amores, tantos medos e tantas dores. Apenas um suspiro que solto e me entrego como réu de pensamentos profundos e distantes, paranoias e agonias, devaneios. Perco-me em lembranças que me entorpecem e me preencho de felicidade por ter vivido o pouco que já vivi, orgulho de ter crescido o pouco que já cresci. No final da viagem por minhas memórias vejo que minha maior façanha foi ter deixado que Eles me encontrassem. Eles que fizeram minha autoestima para que eu pudesse ser alguém e ter orgulho da minha existência. Eles, meus amigos, são a maior façanha de toda a minha vida. Eu que lutei para encontra-los, mas foram eles que me encontraram e enxergaram meus valores e atenuaram meus temores. Acordo do meu sonho acordada e a única vontade que tenho não é de lhes agradecer, mas sim suplicar: nunca saiam da minha vida, eu não saberia viver em um mundo que vocês não existissem.

Giulia Campanha


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Pare para a felicidade

E nem que eu te dissesse você não notaria como é feliz. Você tem que parar de tentar encontrar amigos novos e sim aceitar que os amigos mudam; tem que parar para ver que por mais que o dilúvio pareça acontecer só sob sua cabeça, ele está sob a cabeça de todos ou somente em sua mente; tem que parar de procurar alguém que fique segurando seu céu e aprender a segurar sozinho, entender que cada um tem seu céu para impedir que toque o chão; tem que parar de esperar que façam o que você faria, ninguém é igual a você; tem que parar de tentar se enxergar no reflexo de alguém e observar seu próprio reflexo; tem que parar de julgar-se réu e ser seu próprio advogado de defesa; simplesmente pare e recomece se necessário, mesmo que para recomeçar completo signifique reaprender a andar, falar e principalmente enxergar. Reeduque-se para notar que pode ser feliz.


Giulia Campanha

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

No final não passa de um conselho

E você com esse sorriso torto, cabelo desarrumado, olhar geralmente longe. Esse seu jeito que me entorpece, minha perna parece que se esquece de andar, eu fico parada, só te olho, observo, em alma eu me entrego. Esse jeito bobo e descontraído, que você sabe que mexe comigo e me tortura o quanto pode. Eu, boba, rio de qualquer piada sua, procuro qualquer reflexo meu no seu olhar, me ponho a seu dispor. Você simplesmente parte para qualquer lugar distante, não leva consigo nenhum instante que juntos passamos e como se fosse réu inocente diz querer apenas partir completo, já que carregar qualquer sentimento para você é o mesmo que ficar estagnado, pesado, sem forças para mexer o corpo e sair do lugar. E eu apenas aconselho, se quer salvar-se: ame; se quer torturar-se: ame.


Giulia Campanha

domingo, 7 de novembro de 2010

Essa mentira toda

Fizeram-me acreditar em tantos contos de fadas e agora quando preciso de um herói para me salvar, me criticam por ainda não ter percebido não ser uma princesa. Fizeram-me acreditar que o Papai Noel me traria qualquer coisa por ser uma boa garota, mas quando escrevi uma carta pedindo felicidade vi que minha carta não teve retorno, apesar do meu bom comportamento durante o ano todo. Fizeram-me acreditar que o Coelho da Páscoa distribuía ovos de chocolate a toda uma população, mas logo depois me mostraram uma criança morta de fome caída, sem nunca ter comido um pão. Agora, em meio a minha total descrença no fim dos meus anseios, tentam me fazer acreditar que dinheiro não traz felicidade, que o amor supera tudo, que nós vamos um dia viver em um novo mundo. Não vejo nenhum milionário correndo de bala perdida na favela ou chorando por não ter o que dar ao filho de comer, não vejo nem amor próprio nas pessoas para que elas possam começar se perdoando para perdoar qualquer outra coisa, não vejo ninguém lutando para mudar essa nação. As pessoas transformam suas vidas em romance, terror, ação e até comédia, tudo pela graça de iludir alguém, mesmo que esse alguém se torne elas mesmas. Jaz aqui minha inocência e fantasia.


Giulia Campanha

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

By Myself


E eu que sempre soube da minha petulância, não percebi quando se tornou arrogância! Parando para notar essa transformação e me sentindo completamente na contra mão, meu pescoço parece não suportar o peso da minha cabeça tão sobrecarregada pela bondosa consciência. Tudo bem senhorita consciência, me torture com meus atos que só agora os notei descabidos, mas não tente fazer com que me arrependa de tê-los feito. Posso me martirizar por não ter feito diferente, mas o orgulho que sempre me caracterizou tanto, não me deixa arrependida dos atos precipitados, apenas quero na próxima vez fazer diferente, com calma e cautela. Diga-se de passagem, consciência, por que apesar de tentar-me ao arrependimento, sei quem sou: petulante, orgulhosa e arrogante (de passagem). Petulante ao favor de meus ideais, orgulhosa de ser quem sou e arrogante com quem não noto traços de sinceridade, é o meu eu querendo viver tranquilo sem baixar a guarda, esperando traições de todos os lados e batendo os joelhos no chão para agradecer a qualquer poderoso chefão pelos queridos, leais e pacientes amigos que me acalmam em qualquer incidente. Não sou nenhum anjo, nenhuma sombra do mal, apenas humana.
Giulia Campanha

sábado, 23 de outubro de 2010

Viciada nas cores

Eu que sempre lhe vi como uma folha em branco, sem graça, havia me esquecido de que o branco é o mais repleto de cor. Nunca lhe olhei tão fixamente como agora para lhe reparar em meio de uma multidão, essa multidão que me chama a atenção, mas nada comparado à necessidade que meus olhos agora têm de lhe encontrar. Vasculho cada recinto a sua procura, mesmo sendo lugares os quais sua presença seria impossível, sempre lhe encontro perambulando pelos meus pensamentos desregrados e mal educados que tentam invadir sua vida e imaginar o que você estaria fazendo. Se há tempos atrás me dissessem que me perderia por você, simplesmente diria: hilário. Mas se há tempos eu soubesse o quanto vangloriaria seu sorriso, eu certamente teria inventado piadas para ver você sorrir. Vamos lá, me deixe ver o que sua íris negra camufla, me deixe escutar a sua voz que me entorpece. Quem sabe um dia você também me note, encontre cores em mim que nem sei que existem. Quem sabe me lamentarei um dia por nunca ter lhe contado sobre esse vício que você se tornou para mim, por medo, receio ou orgulho, já que notei que a sem graça de nós dois sou eu.
Giulia Campanha

domingo, 17 de outubro de 2010

Entre mentiras, escuridão e clareza

Quero fechar os olhos e me iludir achando que a escuridão a qual me entrego é mais confortante e menos aterrorizante do que a clara realidade que me cerca.


Por favor, entenda, é mais fácil para o humano esconder essa realidade no escuro do que vive-la intensamente quando tudo parece desmoronar. Essas almas fracas que por tão pouco se dizem exauridas e por tão pouco já gritam vitória, pobre almas.

Como todos encontram conforto na escuridão? A escuridão sempre me pareceu tão assustadora e angustiante, como a consciência se sente satisfeita na escuridão? Como conseguimos tapear a consciência?

Tudo bem, vamos tapear a vida, mas a morte não se tapeia e ninguém quer chegar no momento da verdade sabendo que viveu uma mentira.

Apesar de os querer fechados manterei meus olhos abertos.

Giulia Campanha

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Caminhando

Lá estava ele: expressão cansada, corpo fadigado, alma agitada, coração esperançoso. Seguia andando, mesmo estando exaurido por culpa do extenso caminho que já tinha trilhado, mas insistentemente andava e buscava. Buscava alguém cuja face ele desconhecia, cujo perfume ele nunca sentira, cuja pele ele nunca tocara, mas por esse alguém o coração esperançoso disparava. Já maltrapilho de cabelos desgrenhados, aparentando ser mendigo, era rico em saudades. Saudades de uma desconhecida que só por existir o enriquecia de forças para seguir caminhando. Caminhava e seguia sua vida incompleta pelo mundo afora, tudo isso por alguém que desconhecia a existência daquele homem, os traços, nunca vira aquela face por ela cansada e saudades daquele coração esperançoso não sentia.

Giulia Campanha

Ps: Socorro com o botão de retweet, acho que coloquei errado kkkkk perdão a todos pela minha ignorância neste quesito

sábado, 2 de outubro de 2010

Só para agraceder

Comecei a escrever como forma de amenizar minhas dores, meus mais temidos e escondidos amores, minhas mais salgadas e ardentes lágrimas, queria expressar meus mais incríveis e inesquecíveis momentos de clareza e felicidade. Comecei tentando escrever canções, mas elas ficaram sem rima e sonoridade, pensei em talvez os transformar em poemas, mas não havia simetria em absolutamente nenhum deles, quis que se transformassem então em simples desabafos e anotações dos meus dias marcados por diferentes anseios. Eu optava por escrever e nunca mais reler, optava por registrar aqueles sentimentos apenas para fugir da insanidade.

Um dia resolvi passar por cima do meu ideal de escrever e jogar fora, reli e conclui que eram canções sem ritmo e sem sonoridade que só eu sabia cantar, poemas que só eu sabia como declamar, sentimentos profundos que só eu sabia conte-los e só eu sabia como era conviver com estes. A pedido das minhas amigas, as quais eu admiro, fiz este blog cujos textos me abriram muitas portas após passarem a serem conhecidos por alguém além de mim.

Gostaria de agradecer a estas amigas que me incentivaram, as pessoas que lêem os textos, as pessoas que gostam e divulgam e as pessoas que tentam me ajudar para um futuro na escrita, fui convidada para escrever um artigo no jornal. Essas portas abertas e o reconhecimento pela minha escrita me trouxeram um novo estado de espírito, mais solto, mais incentivado e sem dúvidas, mais feliz.

Muito Obrigada

Giulia Campanha

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cicatrizes


Feridas no peito que são suturadas podem ser abertas, a tesoura não precisa ser muito afiada para que lembremos como a ferida arde, dói e incomoda, não precisa de muito para reviver a dor latejante do coração e alma rasgados. Tudo que é necessário para se cortar a linha que mantém uma ferida fechada é a memória, cujas lembranças não podem ser apagadas ou para sempre perdidas, apenas podem ser engavetadas, mas toda gaveta tem seu momento de ser aberta mesmo que não seja por você ou alguém que te ame, qualquer desconhecido ou mal intencionado abre a gaveta te arrancando um grito agoniado. Pense duas vezes antes de ferir alguém achando que uma linha, apelidada de Tempo, conserta tudo. Espero que alguém sussurre palavras mágicas no meu ouvido para que minha ferida cicatrize, afinal, é melhor acariciar a minha pele e notar a cicatriz do que tocar a ferida e a angustia retornar.
Giulia Campanha

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Máscara Frigida

Essa máscara que cobre seu semblante, mas não oculta seus olhos tão significativos, não é eficaz com quem lhe ama. A máscara parece frígida, mas os olhos queimam, a máscara se mostra desinteressada, mas os olhos são especulativos e temem e amam seu redor. A máscara que cobre o sorriso, que seca as lágrimas, que enrijece a face e barra as palavras em contraste com os olhos que o sorriso escondido faz cintilarem, que as lágrimas molham, que a confusão da alma faz com que o negro da íris pareça profundo. Só quem lhe ama poder ver seus olhos, desde que você os mantenha abertos.
Giulia Campanha

domingo, 19 de setembro de 2010

Nem Tudo Na Foto

Fotografe este beijo tão intenso, a minha pele arrepiada, meu corpo entrelaçado ao dele, pode parecer uma foto comum, mas só eu quando admirar essa fotografia saberei como meu coração oscilava ou as moléculas do meu corpo dançavam com cada movimento do corpo dele. Passaram longe da lente da câmera os detalhes que fizeram deste momento excepcional, pode fotografar, não importa que digam ser uma imagem banal ou corriqueira, eu estava lá. Ele temendo ser nosso ultimo encontro, eu duvidosa se o sentimento era real, você simplesmente observando e fotografando, julgando o que não poderia ver. Confusos e massacrados pelo medo das surpresas do futuro tudo quer queríamos era mais uma vez estar juntos, mas você sempre fotografando e transformando algo sublime em um erro surreal. A fotografia logo se espalha e passa por todos os olhares de críticos rigorosos que se acham respeitosos, mas eles têm mentes insanas e desregradas como você. Cuidado fotógrafo, os críticos também tem máquinas e você não se torna imune a elas por fazer ou ter feito um dia o uso de uma.

Giulia Campanha

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Minha Querida Charada

Se o acaso me levar a você, prometo fazer com que o segundo encontro seja por querer, já que lhe aguardo desde a tempos atrás, quando passei a pensar na sua existência, nas suas possíveis perfeições e nos seus possíveis defeitos perfeitos. Já lhe encontrei algumas vezes, mas você não sabe, eram simplesmente devaneios onde sua face era uma interrogação e eu me colocava diante de um jogo de adivinhação sobre suas incomodas manias que eu irei admirar. Querido desconhecido amante aguardo a todo o momento com ansiedade e extrema curiosidade o seu toque que fará minha pele ter tolos arrepios, sua voz que será meu chamado, seu coração que será minha bateria. Não demore minha querida Charada, tenho medo de jamais encontrar a resposta, já que no mundo ainda há mistérios nunca desvendados.

Giulia Campanha

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Quis...

Lutei para gritar felicidade, mas saiu como um sussurro quando brotou uma pequena dificuldade, quis que a esperança revogasse, que o mundo desabasse, que a Terra brecasse e deixasse de girar, quis que a vida fosse breve, que o mundo fosse bomba, que o rancor me corroesse, quis entender o porquê de todo empenho ser em vão, todas as desculpas terem quantidade, todo amor ter limite, toda beleza ter validade, quis encontrar alguma compaixão, achar uma nova religião, andar sempre na contra-mão, quis desistir de ser alguém, de procurar a lucidez e entender minha missão. Percebi que não tinha procurado saber até onde minha compaixão e meu amor por mim mesma iria, e agora sei que não tenho dimensão.


Giulia Campanha

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Perdoe-me

Desculpe por não ser quem você quer que eu me torne, por não recitar os soberbos versos que você queria escutar, por não ser forte o bastante para não omitir, por não relevar os erros (meus, seus ou deles), por não querer seguir sem rumo, por não saber discernir o sensato do censurável, por deixar que as sombras me cubram e os problemas me abranjam, por não ter asas para lhe levar o que você precisar ou aonde você desejar ir, por não saber as melhores piadas para lhe arrancar um sorriso, por ter lhe feito passar vergonha com alguma imaturidade, por não lhe compreender em todos os pontos para que apenas você se inche de satisfação, por não conter mais energias, por ser muito rígida com o perdão, perdoe-me por ser humana,assim como você.

Giulia Campanha

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Delírios

Vejo nuvens em contraste com os raios de sol, ouço a harmonia dos pássaros cantando, sinto uma tranquilidade que deixa meu espírito completamente relaxado, sorrio para o nada como se tudo estivesse bem. Como desvendo esse mistério? Já sei, estou com febre.

Ps: estou sumida por culpa de uma gripe horrível e estou me sentindo na Califórnia a 39°C e tremendo como se estivesse a 0°C

Giulia Campanha

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Apelidado de: Minha Canção

Eu procurava um apelido para lhe chamar, pensei em talvez lhe chamar de minha vida, mas uma vida é pouco de mais para o tamanho desse amor, eu precisaria de algo mais duradouro e então pensei no vento que parece nunca deixar de existir, mas cheguei à conclusão de que o vento não tem forças para atravessar montanhas e esse amor atravessaria cordilheiras, preciso de algo mais forte, pensei em lhe chamar de alma, mas como chamá-lo de algo tão abstrato se você é tão concreto? Vasculhei minha mente e do âmago do meu ser cheguei à conclusão que você é como uma canção, é o barulho do meu coração oscilante misturado a minha respiração inconstante ao lhe ver, essa canção tem um ritmo só nosso e só nós sabemos dançar conforme a música. A canção atravessa anos a fio e sendo abstrata ou não, atravessa gerações. Posso cantar essa canção alta, baixinha ou apenas em pensamento. Marcará minha vida, será carregada pelo vento e eu a terei na alma.

Giulia Campanha

domingo, 5 de setembro de 2010

Família do amor

O Amor tem uma família muito grande, é irmão da saudade, primo do apoio, filho da confiança com o carinho, casado com a alegria, pai da convivência e amante da decepção.

Giulia Campanha

sábado, 4 de setembro de 2010

watch and listen

Gigante, pequeno em tamanho, enorme em espírito e determinação, pode ou não ter várias palavras na ponta da língua, o que importa é que quando disser algo a você ele saberá exatamente quais mexerão contigo. Os gigantes as vezes então escondidos em lugares inimagináveis, como duendes, basta parar para notá-los. Gigantes são como qualquer um, não espere que sua força passe a impressão de super poderes, eles tem medos e desesperos, se sentem ignorados e totalmente frágeis. Gigantes gritam coragem mas pedem socorro, gritam alegria mas se desmancham em lágrimas, gritam forças mas ficam fracos e caem.O que você realmente precisa é saber que eles são humanos, estão disfarçados de pais, primos, tios, amigos, colegas, conhecidos ou desconhecidos, então os escute quando eles sussurrarem: amor

Giulia Campanha

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Alma Abalada

Grite alma carente, aborrecida com tantos problemas, desencontros de conceitos são apenas mínimas dúvidas do subconsciente. Lute alma cansada, porque muito trabalho o futuro lhe reserva, tristeza em cada direção é algo que lhe fará se sentir impotente. Corra alma desesperada, que no fim do túnel há felicidade, bons momentos vêm acompanhados da mais dura realidade


Giulia Campanha

Regresso

Por que há tanta maldade em meio a bondade? Porque o dinheiro supera o caráter. Por que preferem força à inteligência? Porque a dor do outro é considerada triunfo. Por que há tanta criminalidade? Porque transformam a injustiça do destino em revolta contra a sociedade. Por que a sociedade está regredindo? Porque esqueceram que foi a união que os fez sobreviver

Giulia Campanha

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Debate


Conversa entre as pessoas e a Justiça


-Vocês não me deixam participar de suas vidas- grita a justiça

-Você está presente em nossas vidas o tempo todo- respondem firmes as pessoas

Justiça fica irritada com a afirmação das pessoas e responde:

- Se fosse verdade não haveria tanto sofrimento e tanta maldade.

-Mas você nem sempre é benéfica e é irmã da opinião, nós lhe criamos e damos a você sentidos variados, vai de acordo com os pensamentos de cada um

Justiça sente-se zombada e responde inchada de orgulho:

-Mas vocês me seguem, julgam uns aos outros baseados em mim, sem mim não há ordem

-Um dos defeitos humanos é querer usá-la todo o tempo, somos extremistas e nem sempre conhecemos os fatos para fazermos jus ao usarmos do seu nome, Justiça. Juridicamente você nasceu de uma opinião conjunta de uma massa de pessoas que recebem o direito de julgar o certo e o errado.

Fica dito, justiça caminha junto à opinião de cada um e é de acordo com a realidade de cada pessoa: o pobre vê injustiça na riqueza, o rico vê justiça através do dinheiro, o doente vê injustiça no destino e os saudáveis vêm injustiça em tudo.

Nunca julgue o escuro e do mesmo modo nunca julgue o claro quando estiver de olhos vendados.

E o mais engraçado disso tudo é que sempre digo querer estudar Direito para quem sabe fazer justiça no mundo

Giulia Campanha

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Coração Ansioso

Cala-te coração inquieto. Chega de bater tão rápido e gritar tão alto por alguém que só está próximo em ilusão. Chega de devaneios, são somente coisas da imaginação. Coração, pare de arder em chamas por quem não sabe desta sua oscilação. Jogue água no sentimento, tome um banho de chuva gelada, deixe que as lágrimas dos anjos lavem a alma que lhe acompanha nestas ilusões perturbadas. Se for para sofrer, opte por atenuar a agitação e diminuir a aflição. Chega de fantasia, coração. Por favor cale-se, seja bom com a minha sanidade e me liberte do desejo, da saudade, do amar. Sejamos aliados nessa guerra, tenha compaixão de mim, pobre romântica, e me deixe viver sem a dor de ter guardado em você o amor mais puro e sincero que eu possuo e sei que é impossível. Pare de bater coração.

Giulia Campanha

domingo, 29 de agosto de 2010

Ser igual

Eu estava assistindo meus seriados tranquilamente quando me deparei com a cena de pessoas cantando com surdos, foi um choque emocional completo, fiquei totalmente sem palavras e com os olhos marejados. Isso me levou a lembrar de uma menininha determinada que eu conheci a anos atrás, ela estava na faixa etária de 6 ou 7 anos, era perfeita tanto fisicamente quanto psicologicamente, mas eu me deparei com ela dentro da APAE uma escola para crianças especiais. Me lembro como se fosse hoje a determinação que ela estava empurrando um menino na cadeira de rodas rampa acima e a cadeira de rodas tinha simplesmente o dobro do tamanho dela, ela se esforçava muito, me distrai e minutos depois me deparei com ela comendo no refeitório com as outras crianças, era hora do almoço mas ela havia ido na cozinha e roubado alguns pedaços de bolo e distribuído para o resto da turma (festa garantida)... pois bem, voltei dias depois e entro dentro de uma sala de aula com alunos surdos mudos aprendendo a mexer no computador e quem estava lá? A garotinha, ela corria entre todos e de uma maneira que nenhum adulto conseguia explicar ela conversava pelo olhar com todos, ela mostrava as crianças sua coleção de joguinhos do sítio do pica-pau amarelo e apesar do silencio qualquer um que entrasse naquela sala conseguiria sentir como se houvessem gargalhadas plainando no ar, horas depois me deparo com ela apostando corrida com cadeirantes e ela os deixava ganhar e apesar do segundo lugar pelos seus olhos você via o quanto ela se sentia vitoriosa (como ela conseguia? Ela se sentia parte daquilo tudo).


É incrível quando você se depara com situações assim e vê o quanto injusto você foi com a sua própria vida ao reclamar dela sendo que pessoas que podiam estar reclamando estão sendo felizes e as que não tem maturidade para saírem sozinhas na rua estão fazendo mais pelo mundo do que você, estão tendo mais caráter e noção de desigualdade do que você! O que é diferente para você? perder um dos sentidos? Não poder andar? Ter um estilo diferente? Para mim essas pessoas são todas iguais! Se diferente for para ser algo pejorativo escolho chamar de diferente aquele que se acomoda em uma cadeira e escolhe fazer com que as pessoas se sintam mal! Não reclame da sua vida se é você que a deixa assim! Deus só dá o fardo a quem pode carregado-lo e só os fortes são capazes de rir da própria dificuldade! Mergulhei na memória em uma fase da minha vida que eu não me recordava, eu era feliz E SABIA! Eu era aquela criança e não quero parar por ali, quero voltar a tentar fazer algo de bom pelas pessoas e defende-las com todas as minhas forças! Não vou esquecer das minhas origens e muito menos do lugar onde eu cresci!

Giulia Campanha

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Aluno

Meu anjo, me leve para voar entre as nuvens... quero atravessar os céus segurando a sua mão até chegarmos a terra do nunca! Quero voar com você mesmo que isso signifique não tirar meus pés do chão, vamos usar nossa imaginação e juntos saberemos que há um lugar escondido onde guarda toda a paz a qual juntos procuramos desde muito tempo. Diga ao mar que eu gravei nossos momentos em um ponto tão alto na areia que quando a maré subir ela não poderá apagar nossas pegadas, ouça o vento que carrega as melhores palavras que consegui gritar sobre o sentimento que guardo em relação a você, amor sinta o calor do fogo que queima tudo de ruim que possa ter acontecido entre nós dois, veja apenas o que há de bom em meu espírito mergulhado em devaneios sobre um futuro longínquo e perturbador que lhe envolve. Este amor que vive em nossos espíritos pode ser visto como uma sombra escura e fria, mas eu escolho por aclamá-lo como um motivo para que meu coração continue batendo.
Giulia Campanha

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Dúvidas

Presa entre as paredes de dúvidas, amordaçada pelo medo, acorrentada pelas inseguranças. Querer estar em outro lugar, a sensação de uma ferida na alma que queima junto com as águas quentes que a todo instante jorram dos meus olhos. Perdida, totalmente perdida. A ausência das coisas e das pessoas é algo que assusta. Questiono-me o porquê de tudo, quero observar todos a minha volta, quero aprender tudo o que for necessário para ser imune as especulações de uma sociedade que grava os erros dos homens em bronze e dilui as virtudes em água! Quero aprender a viver nesse mundo em que um passa sobre o outro para sucesso próprio, queria um dia me sentir arrepiada por ver uma cena na rua que me levasse a pensar de que o mundo está mudando para melhor! Não temo em sonhar alto demais e falhar, pois tenho fé em mim mesma, temo por uma vida só não ser o bastante para fazer algo bom por alguém que mereça.
Giulia Campanha

sábado, 21 de agosto de 2010

Característica


Seja amigo do carinho, protetor do silencio, confidente do segredo, estudante do caráter. Lute contra a tristeza, a favor do sorriso, ao lado da verdade, junto à justiça. Queira um mundo melhor, bondade em cada esquina, compaixão em cada coração. Espere mais das pessoas, dos acontecimentos, de você mesmo. Encontre o amor na virtude, a felicidade na esperança. Queira estar ao lado do familiar, do amante, do amigo. Simplesmente viva da melhor maneira que encontrar para ser feliz, porque para ser feliz vai depender de quem além de você ?
Giulia Campanha

Ei, porque você está tão triste?

Estou aqui pare lhe fazer bem, estarei aqui para você não importa o que aconteça, não prometo impedir que suas lágrimas caiam, mas prometo dar motivos para que seu sorriso surja. Não juro que estarei em todos os momentos da sua vida ao seu lado, mas prometo que pensarei sempre em você e lhe ajudarei desde as ações mais impossíveis até em minhas orações. Estarei próxima a ti em meus pensamentos mais secretos, sonharei com um futuro repleto de coisas boas para você, mesmo que eu não esteja incluída nele. Não fique triste, olhe em meus olhos e saiba que sempre terá um porto seguro, alguém que acredita e confia em ti. Estou pronta para te ouvir nos momentos de desespero, olhe para mim, se você errar te ajudarei a concertar seu erro, se acertar serei quem estará de verdade feliz por você.Prometa-me ser feliz
Giulia Campanha

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Estar contigo

Estar com você é mais do que uma necessidade, é questão de bem estar, de ficar aliviada ao saber que estou contigo e não importa as condições, você também estará comigo. Podem se passar tempestades repletas de trovões, que fazem um barulho tão alto que cortariam corações, que eu sei que no final estaremos juntos em um abrigo esperando a chuva passar, unidos pela esperança do amanhã ser resumido a nós dois... Amores incapazes de superar as lágrimas não descobrem o que vem depois, os amantes não descobrem o quanto melhor é a reconciliação e o quanto mais forte o sentimento se torna! Quero estar contigo quando o tempo parar e quando ele voltar a andar, se ele não quiser parar para nós dois, diga a ele que o amor não tem validade é eterno e mesmo que se passem horas, dias, anos, vidas... eu amarei você intensamente como quando percebi que eu havia me tornado sua.



Giulia Campanha