quinta-feira, 11 de novembro de 2010

No final não passa de um conselho

E você com esse sorriso torto, cabelo desarrumado, olhar geralmente longe. Esse seu jeito que me entorpece, minha perna parece que se esquece de andar, eu fico parada, só te olho, observo, em alma eu me entrego. Esse jeito bobo e descontraído, que você sabe que mexe comigo e me tortura o quanto pode. Eu, boba, rio de qualquer piada sua, procuro qualquer reflexo meu no seu olhar, me ponho a seu dispor. Você simplesmente parte para qualquer lugar distante, não leva consigo nenhum instante que juntos passamos e como se fosse réu inocente diz querer apenas partir completo, já que carregar qualquer sentimento para você é o mesmo que ficar estagnado, pesado, sem forças para mexer o corpo e sair do lugar. E eu apenas aconselho, se quer salvar-se: ame; se quer torturar-se: ame.


Giulia Campanha

Um comentário:

Fabrício disse...

Ah, o amor... nada tão bom e nada tão ruim... Pode ser o salto sobre o abismo, ou a queda eterna no mesmo...