sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Ano Novo

Não vou lhe desejar um ano melhor do que o ano que está terminando, lhe desejo que você possa cumprir as promessas que faz em todo janeiro e em todo dezembro choraminga por não tê-las feito valer. Desejo que você tenha força de vontade para lutar durante, aparentemente, longos 12 meses e muita determinação para levantar quando estiver exaurido. Não desejo que se submeta a esperanças de que a cor da sua roupa (íntima, casual ou festiva) ao badalar da meia noite transformará sua vida em conto de fadas, em algo melhor do que já era, eu desejo que você olhe para si mesmo à meia noite e veja uma pessoa capaz de fazer com que o ano que está vindo seja melhor. Deseje a seus inimigos que tenham clareza para que a vida os possa ensinar algo de bom, aos seus amigos deseje apenas saúde e se encarregue de dar-lhes felicidade, apoio e compreensão, aos pais eu gostaria que tivessem vida longa já que 12 meses a mais vai ser sempre pouco ao lado deles, então aos seus pais não deseje nada, apenas diga que os ama. Desejo que todos possam fazer com que o seu ano novo seja feliz.




Giulia Campanha

Dedicado a Débora que não saiu do meu pé enquanto não escrevi o texto de final de ano haha

domingo, 26 de dezembro de 2010

Saudade é o amor que fica

Esses fantasmas, essas lembranças que nos rodeiam e nos enchem de felicidade, anseios ou saudades. É essa dor que nos parte fundo o peito e que nos faz ficar de mal com o tempo, essa dor chamada saudade que ninguém ainda descobriu ao certo o que significa. Tem saudade gostosa que nos entorpece ao darmos de cara com nossos bons fantasmas; tem saudade que começa dolorida que depois alivia, mas jamais deixa de arder o coração, é a saudade de quem por você passou e inconformado com a partida deste você, em segredo, anseia pela volta; tem saudade daquele momento bom que deixa o presente tedioso, é a saudade que engana, faz com que você pense que jamais algo será melhor ou igual à antes. Não importa o tipo de saudade, no final é só o amor que fica de algo ou alguém ou algum momento que não fazem mais parte da sua realidade, somente os fantasmas.


Giulia Campanha

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Esperar virou dilema

Esperar virou dilema, rotina do ser humano. Quem espera não se cansa de esperar, reclama de nada acontecer sem admitir que a si próprio engana. O ser humano vive essa vida de janela, vida de quem senta atrás do buraco na parede para ver os outros passarem, se contenta de saber tudo que com eles acontece, com medo de sair e fazer acontecer consigo mesmo. Acha que dói mais pular a janela e correr o risco de ralar o joelho do que passar a vida no vazio de um cômodo escuro. Cômodo de anseios, frustrações e limitações, cômodo da descrença. É mal do ser humano gostar da janela, mas fazer o que? se Deus fez o mal mais forte que o homem. Esperar é dilema.

Giulia Campanha