sexta-feira, 18 de março de 2011

Essa Guerra é de todos

Coloquei minhas armas de lado e as mãos nos bolsos, mas os sons da guerra de onde estou abafam meu grito de paz. Guerrilheiros a postos; armas em punhos; os semblantes sorrindo sem vergonha alguma, protegem as mentes de qualquer tiro de consciência que possa os atingir. Eu desprotegido contra a vergonha de já ter defendido qualquer motivo para que isso tudo iniciasse, corro já ferido, minha mente sangra incompreensão e confusão, meu coração já massacrado pelas bombas de decepção, procura a esperança do fim desse inferno como cura dos anseios. Eu me rendo, me ajoelho perante aos que me fizeram fraquejar e admito minha rendição, simplesmente me rendo de algo maior do que essa guerra, me rendo dessa batalha que chamam de vida. Conseguiram com que eu sentisse dor em uma alma que antes eu nem acreditava ter, que queima causando angustias demais para que eu possa ignorar sua existência.
Parabéns para você que afoga seu caráter em uma mistura de falta de vergonha na cara, perseguição, maldade e álcool.
Dedico esse texto a quem não encontra um sentido para a vida então se ocupa em destruir as vidas que os cercam. A carapuça serviu?

Giulia Campanha

quinta-feira, 10 de março de 2011

meu eu indignado

Às vezes acho que não sou daqui, ninguém enxerga através de mim, meu silêncio é mal interpretado, meus gestos parecem estar sempre sendo vigiados. Ninguém se lembra das coisas que eu nunca vou esquecer e o que muitos chamam de rancor eu chamo de mágoa. Eu queria tentar olhar a sociedade de outra perspectiva, mas não aguento tanto preconceito tentando me influenciar, tentando fazer que eu seja sempre a peça que parece não se encaixar. Eu gosto da glória de poder chorar sem me sentir menor na vida, de sorrir por poder sair da rotina, de poder entender minhas próprias poesias, de felizmente deixar a vida decidir o que devo fazer. Estava satisfeita com a simplicidade das coisas, mas cresci e notei o prazer que as pessoas tem de dificultar tudo sabe-se lá o porquê. Cansei de esperar uma cena de cinema acontecer, cansei de tanta gente equivocada falando muito e no final não dizendo nada, hoje a casa pode cair que eu não vou fraquejar, aprendi a lutar por mim.


Giulia Campanha